Estas 5 dicas são extremamente importantes para o sucesso da fase de alevinagem dos peixes.
1 - CUIDADO NO ABASTECIMENTO E NA DRENAGEM DOS VIVEIROS
Deve-se, antes de tudo, focar na prevenção da entrada de predadores nos viveiros, protegendo o tubo de entrada de água com uma tela de malha inferior à 1mm, impedindo a entrada de ovas, alevinos, peixes ou outros predadores. Para a proteção da drenagem, podemos variar as malhas de acordo com o tamanho dos alevinos estocados. Atenção na manutenção e limpeza diária das telas.
2 - SECAGEM E DESINFECÇÃO DO VIVEIRO
A cada ciclo produtivo devemos fazer a desinfecção do viveiro. Deixe-o secar por alguns dias, para mineralizar a matéria orgânica, aplique cal virgem ou hidratada na proporção de 150 gramas/m². Deixe por volta de 2 a 3 dias ensolarados, ou até 4 dias se encobertos.
3 - FERTILIZAÇÃO DOS VIVEIROS
A adubação deve ser feita no viveiro, pelo menos três dias após a calagem, para estimular o desenvolvimento do fitoplâncton e com isso favorecer a produção de zooplâncton. Isso se faz importante, pois serve não só para produzir alimento natural, mas auxilia na incorporação de oxigênio e melhora a qualidade de água do viveiro. Vários fertilizantes podem ser utilizados, com diferentes aplicações, custos e eficiências. Procure sempre um especialista antes de fazer fertilizações iniciais ou de correção.
4 - CUIDADOS NA SOLTURA DOS ALEVINOS
Procure deixar os sacos de transporte na superfície da água, próximos ao abastecimento, durante cerca de 20 minutos, se possível em um local protegido do sol, para aclimatação. Verifique, com um termômetro, a diferença entre a temperatura da água do saco e a do viveiro, misture-as vagarosamente para evitar choques térmico, de pH, oxigênio e compostos nitrogenados. Não tenha pressa para soltar os alevinos.
5 - ALIMENTAÇÃO COM RAÇÕES
Procure sempre rações de boa qualidade e apropriadas à espécie do cultivo. As rações extrusadas flutuantes, facilitarão a observação diária sobre a alimentação dos peixes. Normalmente as rações iniciais de alevinos possuem níveis de proteína bruta acima de 35%, e seu peletes devem ser adequados ao tamanho dos peixes. Fique atento à temperatura e a qualidade da água, evitando alimentar em níveis de oxigênio críticos. Para ajudar a evitar problemas com baixo oxigênio, não exceda as quantidades recomendadas. Distribua no máximo espaço possível, diminuindo a competição entre os peixes. Fique atento à validade das rações.
Paulo Roberto Pitanga Tavares
Engenheiro de Pesca
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