O Brasil reúne
condições excelentes para a piscicultura, um ramo promissor, de alta
produtividade e rentabilidade. Segundo Anuário Brasileiro da Piscicultura PEIXE
BR 2021, o país produziu em 2020 quase 803 mil toneladas de pescado proveniente
da piscicultura continental e, segundo a FAO, tem condições de produzir, de
maneira sustentável, 20 milhões de toneladas de pescados por ano.
Em outras atividades
de produção animal, normalmente poucas espécies são produzidas, a piscicultura
no Brasil possui diferentes características, podem ser utilizadas várias
espécies e diferentes tecnologias de produção. Assim como as carnes de frango,
suína e bovina, o peixe pode ser inteiramente utilizado, aproveitado integralmente
e com incremento de valor no que seria descartado.
A piscicultura
permite adotar diferentes estratégias de mercado, comercializando produtos
direcionados ao consumo em massa, adotando a estratégia de competição por preço
ou investindo na diferenciação dos produtos, construindo um produto forte e
reconhecido.
A Tilápia
destaca-se por sua rusticidade e produtividade, aliada a uma carne de sabor
leve e com diferentes possibilidades de processamento. Sua liderança na
piscicultura brasileira deve se manter durante muito tempo, a espécie
representa mais de 60% da produção nacional.
As espécies nativas redondas, como Tambaqui e Pacu, têm muita força no mercado interno. Rústicos e adaptados aos sistemas de cultivo produzem produtos muito apreciados principalmente na região norte do país. O Pirarucu é quase incomparável quanto ao seu valor gastronômico, o gigante precisa vencer algumas barreiras técnicas, mas tem um potencial enorme.
Paulo Roberto Pitanga Tavares
Engenheiro de Pesca
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